martes, 16 de diciembre de 2014

DEFUNTOS

Origen: Portugal.
Formados:2005
Estilo: Black depresivo, doom
Temática: Anhelo, dolor, muerte y sufrimiento
Enlaces:?
Miembros:

  • Conde F. Batería y voces
  • Conde J. Bajo
Discografía:

  • Mundo de Lápides Demo 2006  
  • Sangue Morto CD 2007  
  • Um Sofrimento Distante EP 2008
  • A Negra Vastidão das Nossas Almas CD 2008  
  • Os Suplícios de uma Triste Lembrança EP 2009  
  • Florestas de Perpétua Solidão Split 2009  
  • Nada é EternoCD 2009  
  • Invocação aos Mortos CD 2010  
  • Luto Perpétuo CD 2010  
  • Restos de uma Vida Antiga Demo 2011  
  • Rito do Encovo Demo 2012  
  • Imaculado Sepulcro Split 2012  
  • Vidas Vazias... Almas Perdidas... CD 2012  
  • Adeus Split 2013  
  • Velha Pãlida Face EP 2014
  • A Eterna Dança da Morte CD 2016
  • Recordações de Outrora EP 2016
  • Defuntos / Bosque Split 2020
LUTO PERPETUO (2010) 
Llevan años caminando por la vertiente más oscura y depresiva del black metal, por momentos próximos a Xasthur, pero siempre con suficientes aportes diferenciadores y es que la atmósfera que recrean ciertamente se aproxima de manera acertada a la de un funeral. Supongo que a estas alturas el que más y el que menos ya tiene una idea aproximada de por donde discurre la propuesta de los lusos y no es otra que la los ritmos cadenciosos, incluso repetitivos de pasajes tristes que desprenden, gracias también a la acertada aportación a la voces de Conde F., sufrimiento y hastío. Todo ello se ve rodeado de algunos teclados como en la intro, ciertos coros en algunos momentos para transmitir todavía más tristeza como los del tema "Algarve Esquecido" en donde se recrea el último adiós a un fallecido y es que la muerte y su aura mística resulta del todo reconocible en cada tema de Defuntos, se me ocurren pocas bandas que lleguen a trasmitirlo de igual manera. Por lo demás producción underground para este larga duración que se encuadra dentro de la vertiente más doom y oscura del black metal. (7,9).



1. Mórbido Padecimento 02:26  
2. O Derradeiro Beijo do Morto (A Visão da Tragédia, Capítulo IV - A Saudade) 08:35
Vozes enterradas do Passado bradam sacrifícios outrora cometidos A eterna esperança decai, entoando na montanha gritos dolorosos, chamando assim a tristeza existente em mim. Estes caminhos... Portões para sentimentos isolados, vielas para jazigos secretos, onde a verdade jaz imune ao tempo Na encosta, velejo pela saudade que apaga o infinito azul criando uma imensidão de plangência O sol vermelho é engolido por pensamentos distantes, nascendo lembranças e lágrimas profundas Tão triste como um enterro encontra-se a minha alma. Isolo-me num mundo de dor, numa dimensão de apatia O derradeiro adeus vem lentamente, trazendo uma enorme mágoa interior É um degelo repentino que se abate no epicentro da alma, que afasta a ardência do peito, e esconde o batimento cravado cá dentro Pelejo em mim, nas profundezas da minha carne, por um refúgio digno de descanso Um asilo para o meu corpo se estirar, enquanto dura... O mas estava inquieto, a calema encontrava-se ruidosa Consenti que o silêncio fosse a minha companhia, o meu desfecho nesta história No seio da floresta, rodeado por esta taciturna escuridão, a lua cheia ergue-se, iluminando a pálida face, já Morta. As imagens turvam-se-me, e a minha negra aura extingue-se de forma sublime Lembro-me da despedida melancólica do momento E ainda consigo imaginar o calor interior que sentia naquela altura, como se o estivesse a viver. A respirar o seu odor.  
3. ...A Tua Voz... 14:34
Esta é a história de uma maldição chamada vida E condenados poderão estar, vós, se a lerem. A triste alegria nasceu numa calma tarde de Primavera Numa aldeia onde o mar se alcançava no longo horizonte O drama de uma vida concebida para ruir... Ser filha de um leito de perturbações e tragédias Não impediu que os olhares se cruzassem de forma natural Linda era a fidalga Senhora, cabelos negros e longos, pele branca, rosto d'anjo Desde então os pensamentos tem vindo a crescer solenes O júbilo prolongava-se sempre que os olhos se abriam ao raiar do sol Os encontros faziam-se na mais alta montanha, no seio das árvores As enormes pedras ouviam os segredos e sussurros oriundos daqueles diálogos A nobre senhora escrevia-lhe poemas e pensamentos Somente escassos sentimentos preferiam ser escritos no lugar de serem falados Certa noite, a sua presença falhou... As horas foram passando devagar... O som do vento calou-se, e o pio da Coruja elevou-se mais alto O presságio deste súbito silêncio agoirou os dias vindouros Com o Outono a meio, as lágrimas já nada me servem Os dias tornam-se cinzentos, como o interior da minha alma Quando já não havia esperança, recebo uma carta a explicar o sucedido No seu interior vinha uma flor seca, Morta... O pai descobrira, e proibira-a de tais encontros Desde então manteve-se isolada no quarto, alimentando-se de lembranças Vivendo de memórias passadas... Jurei sobre a pedra que iria ferir aquele velho lacaio! Na manhã seguinte veio o horror... O Negro Fado ao qual estou habituado e que me tem vindo a seguir ao longo dos anos mostrou-se novamente... A bela Senhora tinha-se enforcado com os seus lençóis Estava pendurada no lustre do seu quarto Encontrava-se nua somente com um véu preto por cima do corpo (Os presentes viram uma data inscrita - 10 de Junho) Ouvira-se gritos de desespero! Ouvira-se gritos de cólera! Todos os anos, no mesmo dia, o cemitério refugia-me Vou ao seu encontro, honrá-la Desde então, não existe uma única noite, que não sinta, que não lembre, que não chore... Que nenhum de vós sinta o sabor desta tragédia Pois se sentirem, saberão o quão amargo me encontro  
4. Algarve Esquecido 11:31
Escassas são as vozes no horizonte, como os caixões na aldeia Os secos prados abrigam memórias remotas Vestígios de uma vida fatigante... De uma longa ceifa esquecida Nestes recantos olvidados, os ventos assobiam pelas silenciosas vielas Olhos de tristeza focam o vazio das almas confinantes A sua futilidade... O seu mundo... Todos os dias a mesma feição é vista ao amanhecer, pouco antes do sol raiar A alegria da sua companhia perece junto à lareira O seu pálido rosto é visto no breu da noite, imóvel Na aldeia, o funeral do velho marcha para as ruínas da vida Os choros intensos mergulhados pela saudade, revelam menos uma alma na desamparada aldeia A noite fria falece lentamente ao som da chuva e dos trovões Junto à lareira, o conhecido cheiro é sentido... O odor do velho charuto inunda a sala vazia A sua presença é sentida na obscuridade, sem medo As estações sucedem-se por ordem natural Verões passam com saudade singular Invernos desaparecem sem a companhia de outrora Escasso é o significado da vida nesta altura Desgostosa está a idosa alma, cansada de sofrer A Terra é a sua única herança Tudo o que criou está nela enterrada E tudo o que perdeu... O florescer das amendoeiras embeleza as planícies Lembram o que outrora foi.. Morreu de beleza linda, pálida e rainha Vivia com os vivos, mas o coração era do Morto! As raízes do passado estagnam na Morte Os laços de Sangue harmonizam-se no Eterno Descanso 
5. Dentro de um Corpo que era Teu... 12:20
 Em momentos de desespero enleei os meus pesadelos nos meus tormentos
Despertei perturbações fortes, e escondidas por um Passado ensanguentado
A carne deseja que o sofrimento acabe
Embora a Alma consiga abriga-lo de forma acolhedora
Penso nos ossos sepultados, e das muitas vidas derrubadas
São tantas as vidas que se vão, sem importância...
Uma com significado falece, e muda-se a vontade...
Inverte-se a razão de ser, debate-se até o próprio viver.

Deambulo nas viagens perigosas da mente...
Onde foco o Passado e o pérfido presente São léguas de sentimentos a esvaírem-se-me deste destroço de carne
Nascer... Falecer... O ciclo decadente da miséria; vida de seu nome
Lembrar... Esquecer... O que ela me deu, o que me tirou...
Somente memórias venenosas me ardem no pensamento
Onde fostes o bem e o mal... O mal que vai perdurando

Dentro desse corpo estava uma Alma que luzia
Como uma vela no fim da cera, a luz extingui-se de uma outra maneira.
Este meu rancor mantém-se aceso no pensamento, até que a Morte me venha buscar
Apodreço nesta terra estranha, distante dos meus sentimentos, das minhas feridas.

A doença natural permanecerá intacta, eu no meu todo a ruir
Com ela serei enterrado, para nunca mais sair

Anseio o regresso ao Meu Passado... Sentir o sabor da terra uma última vez
E espero não pensar, não sonhar, nem lembrar, aquilo que inconscientemente me despedaça
A alegria do passado, a visão corroída do agora.
  49:26  



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